Pequenos negócios mineiros geram sete a cada dez postos de trabalho em maio


Dados do Caged mostram que micro e pequenas empresas recuperam gradativamente capacidade de contratação

 

As micro e pequenas empresas continuam sendo as principais geradoras de vagas de trabalho em Minas Gerais. Segundo levantamento do Sebrae Minas com base nos dados do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Novo Caged), os pequenos negócios mineiros geraram um saldo de 19.874 postos em maio, o que representa 74,9% do total no estado. Em contrapartida, as médias e grandes empresas foram responsáveis por um saldo de 6.673 empregos, cerca de 25% do montante.

No comparativo com abril, houve aumento de 0,84% nos empregos gerados pelas micro e pequenas empresas mineiras – foi registrado um saldo de 19.709 no quarto mês do ano. Em relação a maio do ano passado, quando se observou um saldo positivo de 23.295 vagas, houve queda de 14,7% .

“Os pequenos negócios são fundamentais para o crescimento das atividades econômicas. Percebemos uma retomada na abertura de vagas pelas micro e pequenas empresas. Nos cinco primeiros meses deste ano, o saldo de empregos foi 9% maior que no mesmo período do ano passado, o que sinaliza uma recuperação de alguns setores”, explica o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Minas Gerais ficou atrás apenas de São Paulo no comparativo entre os estados que mais empregaram nas micro e pequenas empresas. O setor de Serviços se destacou novamente em Minas, e foi responsável pelo saldo de 6.815 vagas nos pequenos negócios. Em seguida, veio a Agropecuária (4.734) e Construção Civil (4.634). Em recuperação gradual desde o início do ano, a Agropecuária obteve o maior crescimento em maio, registrando aumento de 66,75% no número de vagas.

Por outro lado, a Indústria Extrativa Mineral teve o pior saldo de empregos gerados pelas MPE mineiras em maio de 2023, com 180 vagas. O Comércio obteve saldo positivo de 1.074 vagas, em uma clara sinalização de recuperação, mas, ainda assim, registrou queda de 11,48% no comparativo com abril. “O comércio não se recuperou do período de sazonalidade que o setor geralmente enfrenta no início do ano. Apesar do saldo positivo, observamos um resultado aquém em relação ao mesmo período do ano passado. Nos primeiros meses, as empresas sofrem os efeitos dos cortes das vagas de trabalho temporárias, e isso se reflete na mão de obra. Logo, essa retomada não ocorreu de forma tão efetiva”, destaca Marcelo de Souza e Silva.

As ocupações com maior saldo de vagas foram o Cultivo de Café (6.128), construção de rodovias e ferrovias (811) e construção de edifícios (798).

Dados por regional

A região Centro foi a que obteve maior saldo, 7.115, muito em função do alto número de vagas ofertadas no setor de Serviços (saldo de 3.463) e da Construção Civil (saldo de 1.811). Já o Sul do estado vem na segunda posição, com saldo de 5.136 empregos, seguido pelo Centro-Oeste e Sudoeste (2.853) e pelo Rio Doce e Vale do Aço (2.185). O Noroeste e Alto Paranaíba obteve o pior resultado, com saldo negativo de 911 postos de trabalho. Curiosamente, os números foram influenciados pelo alto número de cortes na Agropecuária (saldo negativo de 4.489).

Admissões por perfil

O perfil mais comum das contratações geradas pelas micro e pequenas empresas mineiras foi de homens na faixa etária de 18 a 24 anos e com Ensino Médio completo. O salário médio de admissão pago em Minas Gerais foi de R$ 1.752,39; cerca de R$4,69 a mais que o salário médio de desligamento. Os desligamentos feitos nos pequenos negócios em maio, em sua maioria, foram homens de 30 a 39 anos, com Ensino Médio completo.

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