Exposição de fotos alerta sobre o AVC


Programação faz parte da Semana Municipal do Acidente Vascular Cerebral

A exposição fotobiográfica “Caminhos da Esperança – #maiorqueo>AVC” traz rostos e depoimentos de pessoas de todas as idades para chamar a atenção quanto aos riscos do Acidente Vascular Cerebral.

A mostra, instalada até o dia 26 de outubro, no corredor das Lojas Americanas, no Montes Claros Shopping, é organizada pela Associação AVC Norte de Minas, em parceria com o Rotary Club Teresa de Calcutá, SAMU Macro Norte, Instituto Cérebro Ativo e Santa Casa de Montes Claros.

Além de deixar sequelas que podem ser definitivas, o Acidente Vascular Cerebral é também a principal causa de morte e incapacitação para o trabalho no Brasil. “No Brasil, cerca de 1/3 dessas pessoas ficam com incapacidades permanentes. Daí a importância dos cuidados no pós AVC e a necessidade de um olhar inclusivo para maior acolhimento e reinserção social”, detalha a médica fisiatra Gabriela Mendes, curadora da Exposição. Os dados apontam ainda que 70% da população brasileira não consegue retomar suas atividades laborais anteriores e 50% se tornam dependentes de outras pessoas para as atividades diárias.

 

O neurologista Marcílio Monteiro Catarino, presidente da Associação AVC Norte de Minas, explica que a exposição faz parte da Semana Municipal do AVC 2023. “É uma oportunidade única para a comunidade de Montes Claros se unir na luta contra o Acidente Vascular Cerebral, e promover conscientização, apoio e solidariedade a todos aqueles afetados por essa condição de saúde crítica, enfatiza o neurologista.

A programação da Semana Municipal do AVC segue o tema “#maiorque>oAVC” da Word Stroke Organization (Associação Mundial do AVC) criada em 2006. A Associação Mundial indica que 1 em cada 4 pessoas no mundo terá um AVC em algum momento de sua vida. Afeta pelo menos 17 milhões de pessoas no planeta, sendo a segunda principal causa de mortes. Anualmente, é realizada uma campanha global sobre a importância de conhecer os primeiros sintomas para que seja iniciado o tratamento com rapidez. A campanha pede para que as pessoas assumam o controle e reduzam os seus fatores de risco.

Sintomas

São vários os sintomas do AVC: dor de cabeça muito forte; fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, afeta um dos lados do corpo; paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar); perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz; perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos. Entre outros que podem indicar um AVC isquêmico (obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais), ou AVC Hemorrágico (rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia).

Depoimento

Ao todo, 10 pessoas deram vida à mostra e contaram suas histórias sobre como aconteceu o AVC e os passos de recuperação da doença. Entre os participantes uma menina de 9 anos, Kemilly Havennah Silva Oliveira. A mãe dela, Catiane Silva Oliveira, contou que a filha sempre foi uma criança saudável até os 5 anos, até que um dia teve uma dor de cabeça forte e em questão de segundos perdeu a fala e os movimentos do lado direito do corpo. O fato aconteceu em 2020, quando ela ficou internada por quase um mês e, após vários exames, foi diagnosticada como portadora de uma Vasculite Primária. Na época ficou sem andar, se alimentava por sonda e usava fraldas.

O tratamento pós-AVC de Kemilly incluiu acompanhamentos médicos, fisioterapia e medicamentos. “Até hoje ela não voltou a andar de bicicleta sem rodinhas, coisa que já fazia antes do AVC e que gostava muito. Além disso, depende de mim para tudo, se tornou hiperativa com alteração do comportamento e tem epilepsia. No entanto, é uma criança feliz que se esforça para realizar as coisas e aprender todo dia um pouco mais”, conta a mãe Catiane.

A curadora da mostra fotobiográfica “Caminhos da Esperança” fala sobre a importância de ações como essa para a conscientização da comunidade. “A exposição artística traz visibilidade à essa condição de adoecimento, sendo também uma ferramenta educativa para que se faça a prevenção do AVC. Com muita alegria e emoção participo dessa ação que pretende promover saúde com arte e cultura”, finaliza a fisiatra Gabriela Mendes.

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