Projeto nacional da Fiocruz sobre Doença de Chagas será lançado nesta quarta -feira na Unimontes


Nesta quarta-feira (19/07), será lançado no campus-sede da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) o estudo de validação do Projeto ” CUIDA  Chagas –  “Comunidades Unidas para Inovação, Desenvolvimento e Atenção para a doença de Chagas”. O estudo é realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Unimontes.
A solenidade de lançamento acontecerá às 9 horas, no auditório do Centro de Ciências Humanas (CCH), prédio 2 do campus -sede, marcando o início das atividades de campo do projeto de pesquisa no Brasil.
O estudo de validação busca definir e avaliar um algorítmo de testes rápidos para diagnóstico da doença de Chagas. A pesquisa é desenvolvida pela Fiocruz, com o apoio técnico da Organização Não-Governamental (ONG) internacional FIND (Aliança global para diagnóstico) e executada em parceria com o Ambulatório de Doença de Chagas e o Centro de Pesquisa em Doença de Chagas, que funcionam no Hospital Universitário Clemente de Faria – HU –  Unimontes.
A coordenadora do projeto no âmbito da Unimontes, professora Ariela Mota, destaca que o estudo atende “uma das demandas mais importantes das comunidades com pessoas acometidas pela Doença de Chagas: o acesso ao diagnóstico rápido e eficaz”.
Ela salienta que o atendimento à demanda tem sido possível devido a implantação do ambulatório de Doença de Chagas, que, além de facilitar o acesso dos pacientes à assistência médica especializada, contribui para o fortalecimento da pesquisa científica no Norte de Minas”.
A professora ressalta ainda que o HU – Unimontes “está se tornando uma importante referência internacional em pesquisas científicas sobre a Doença de Chagas. ”
A coordenadora investigadora do Estudo de Validação da Unimontes, professora Franciana Rosa, enaltece a importância do diagnóstico rápido com o auxílio da pesquisa. “Algorítmos diagnósticos que incluem o uso de testes rápidos são inovações necessárias para agilizar e facilitar a prevenção e diagnóstico oportuno da Doença de Chagas”, afirma.
O projeto CUIDA Chagas e sua relevância

O Projeto CUIDA Chagas é uma iniciativa internacional financiada pela Unitaid e  pelo Ministério de Saúde do Brasil e liderada pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O projeto conta com o trabalho de equipes multidisciplinares em quatro países: Bolívia, Brasil, Colômbia e Paraguai. Sua investigadora principal é Andréa Silvestre, cardiologista, servidora e pesquisadora do INI, além de professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“O projeto CUIDA Chagas representa uma oportunidade ímpar para avançar no controle da Doença de Chagas, assim como para melhorar a qualidade de vida das pessoas acometidas e das comunidades em risco. Sua abordagem é integral, articulando pesquisa clínica e de inovação com ações de comunicação e engajamento comunitário e intervenções no mercado que possam garantir o acesso equitativo de medicamentos e outros insumos necessários para o controle da doença”, afirma Andréa Silvestre.
A Doença de Chagas é uma enfermidade tropical negligenciada que afeta, principalmente, populações vulneráveis da América Latina. Porém, sua abrangência é global, estando presente em todo mundo.
Estima-se que de 6 a 8 milhões de pessoas são acometidas e mais de 75 milhões moram em áreas de risco, sendo que 1,12 milhão são mulheres em idade fértil. Nas Américas, a cada ano aproximadamente 12.000 pessoas morrem por causa dessa doença e entre 8.000 e 15.000 bebês se infectam pela transmissão vertical, aquela que pode acontecer durante a gravidez ou o parto. Sem tratamento, entre 30% e 40% dos afetados desenvolvem sérias complicações de saúde, principalmente, no coração e no sistema digestivo.
O diagnóstico, o tratamento e o cuidado integral da Doença de Chagas trazem benefícios importantes, incluindo a prevenção da transmissão vertical, a grande possibilidade de cura em bebês e crianças e o controle e redução da progressão para formas avançadas da doença em adultos.
Todos esses benefícios podem ser adquiridos, observando-se cada contexto epidemiológico, implementando protocolos adequados, promovendo a conscientização social e incentivando um maior investimento público e privado direcionado ao controle e ao tratamento da patologia.
Para isso, mecanismos de articulação institucional, pesquisa científica e inovação tecnológica são fundamentais para melhorar a informação disponível sobre o impacto sociossanitário da moléstia e viabilizar ações e políticas concretas a fim de garantir uma melhor vida às pessoas acometidas e promover a prevenção e o controle da doença.

Acompanhe os canais digitais do projeto CUIDA Chagas pelo site: www.cuidachagas.org.

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