A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) conduziu uma pesquisa para monitorar a qualidade da água do rio São Francisco, entre Pirapora e Januária, com a participação ativa das comunidades ribeirinhas. Sob o título “Opará: Observatório cidadão da qualidade ambiental no médio São Francisco”, a pesquisa foi realizada por pesquisadores dos departamentos de Biologia Geral e de Geociências da Unimontes, em colaboração com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas (Fadenor) e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais.
O projeto, com duração de doze meses e financiado em R$ 985 mil, contou com recursos obtidos pela Fadenor junto ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais. O barco de pesquisa Opará, gerido pela Fadenor e ancorado em Pirapora, foi o principal instrumento utilizado, permitindo a condução da pesquisa ao longo do médio São Francisco, abrangendo diversos municípios.
A pesquisa focou no monitoramento da qualidade da água do rio São Francisco, utilizando bioindicadores de qualidade ambiental, especialmente macroinvertebrados. O objetivo era realizar o mapeamento e monitoramento desses organismos ao longo do trecho estudado, a fim de diagnosticar a qualidade da água em diferentes períodos do ano e em diversos trechos. Além disso, a pesquisa buscou o envolvimento da comunidade local no monitoramento da água, empregando a metodologia da ciência cidadã.
O professor Maurício Lopes de Faria, um dos coordenadores da pesquisa, destacou o papel dos estudantes e professores das comunidades ribeirinhas, que participaram ativamente na obtenção de dados, contribuindo para o mapeamento da presença dos macroinvertebrados. Essa abordagem, conhecida como ciência cidadã, foi considerada fundamental para o monitoramento eficaz.
A pesquisa marca o início das atividades do barco de pesquisa Opará, que tem como objetivo apoiar pesquisas científicas no rio São Francisco, proporcionando aos pesquisadores uma estrutura adequada para o desenvolvimento de levantamentos e monitoramento em diversas áreas do conhecimento. O diretor técnico e de relações institucionais da Fadenor, professor Roney Versiane Sindeaux, enfatizou que o Opará está disponível para contribuir com a ciência na região do Norte de Minas.
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