barco-laboratório monitora qualidade da água do Rio São Francisco
A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), em parceria com o Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CAOMA) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas (Fadenor), juntamente com outras instituições, vão promover, no próximo dia 17 de março, às 16 horas, em Pirapora, o evento de lançamento do Projeto Opará – Rio São Francisco. A iniciativa visa monitorar a qualidade da água do Rio São Francisco no trecho entre Pirapora e Januária, por meio de um barco-laboratório, unindo ciência e participação cidadã.
O Projeto Opará – São Francisco já está em operação há um ano e utiliza métodos inovadores de biomonitoramento, contando com o envolvimento direto da comunidade ribeirinha. Durante a expedição, que terá duração de sete dias, serão realizadas coletas e análises ambientais, além de registros documentais para a produção de um pequeno documentário sobre a iniciativa.
Marcado para o cais do porto do Rio São Francisco, em Pirapora, o evento contará com as presenças do reitor da Unimontes, professor Wagner de Paulo Santiago; e de representantes da Fadenor, do Ministério Público Estadual e de outras instituições parceiras, apresentando as perspectivas do projeto. O objetivo principal é fortalecer uma rede de monitoramento ambiental cidadã, tornando a comunidade protagonista na conservação do Velho Chico.
Projeto Opará – Ciência Cidadã a Serviço do Rio São Francisco
O Rio São Francisco, conhecido por sua importância histórica, cultural e ambiental, ganha um novo aliado na preservação de suas águas. O Projeto Opará – São Francisco, contemplado via Plataforma Semente, é uma iniciativa do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CAOMA) do MPMG, em parceria com a Unimontes e a Fadenor, que busca monitorar a qualidade da água do médio São Francisco por meio da ciência cidadã.
A proposta inovadora do projeto é utilizar um barco-laboratório como base para pesquisas e ações educativas. Segundo o professor Maurício Faria, mestre e doutor em Ecologia e coordenador do meio físico do projeto, o objetivo é estabelecer uma rede de monitoramento composta por moradores locais, pescadores e estudantes, que forneçam dados em tempo real sobre a qualidade da água.
“A ideia central do projeto é que as próprias pessoas que convivem diariamente com o rio façam o monitoramento e informem ao poder público sobre eventuais problemas ambientais. Isso fortalece o conceito de ciência cidadã, permitindo que informações relevantes sejam coletadas de maneira acessível e eficaz”, explica o professor.
Desde o início das atividades, há um ano, a equipe do Opará realiza expedições periódicas para coletar amostras e analisar a qualidade da água. A metodologia utilizada envolve o biomonitoramento simplificado, possibilitando que qualquer cidadão participe do processo, mesmo sem formação científica avançada. “Nossa equipe acadêmica realiza a checagem e validação dos dados, garantindo confiabilidade nas informações geradas”, acrescenta o professor Maurício.
A inauguração oficial marcará um passo importante na ampliação da rede de monitoramento. Além da apresentação dos resultados obtidos até o momento, o evento servirá para engajar mais atores sociais e ampliar a divulgação da iniciativa. “A participação ativa da sociedade é essencial para o sucesso do projeto e para garantir a conservação do São Francisco a longo prazo”, conclui o professor.
Fotos: Acervo do Laboratório de Ecologia e Controle Biológico de Insetos
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